Nem Sempre Começa com Flores: A Força que Nasce do Cotidiano
Nem Sempre Começa com Flores: A Força que Nasce do Cotidiano
Como sua presença, antes mesmo das palavras, pode transformar sua história
Por Tatiana Fortes – Advogada de Famílias – OAB/RS 78.321
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Querida leitora,
Se você chegou até este artigo, é provável que tenha vivenciado, ou esteja vivenciando — as complexidades do amor, os altos e baixos do casamento, as dores do relacionamento e, por vezes, o caminho inevitável e necessário do divórcio.
Talvez sua história não tenha começado com flores no altar, mas com marmita no colo, boletos no bolso e autoestima na corda bamba. Essa experiência, longe de ser um obstáculo, é seu maior trunfo: ela constrói a força silenciosa de quem aprendeu a andar com firmeza, mesmo quando o único patrimônio líquido era o suor escorrendo da testa.
O Amor Exige Mais do que Amor: Exige Postura
Em minha prática como advogada de famílias, acompanho mulheres e homens desde o “sim” de um casamento ou do início de uma união estável, até mesmo do “não dá mais” do divórcio. E posso afirmar com segurança: não são apenas processos legais. São experiências vividas no corpo e na alma, dores físicas, como fadiga e insônia; dores emocionais, como medo, culpa, rejeição; e espirituais, como a perda de propósito e a desconexão com quem você é.
É claro que o planejamento formal — contratos, regimes de bens, guarda e partilha — é fundamental. Mas há um outro campo, mais silencioso, que opera desde o primeiro olhar: o da postura.
Postura: A Linguagem que Vem de Dentro
Não me refiro à postura física, embora ela também comunique muito. Falo da postura interna: aquela presença que você carrega mesmo quando, por fora, tudo está remendado.
Durante crises conjugais ou ao enfrentar um divórcio, muitas mulheres relatam sentir-se “em frangalhos”. E ainda assim, se veem obrigadas a manter uma fachada — para os filhos, para os amigos, para o trabalho. Essa dualidade, entre o caos interno e a compostura externa, é um exercício diário de força.
Mas atenção: há uma diferença profunda entre sentir dor e se refugiar na autocomiseração. Em vez de buscar abrigo na vitimização, o convite aqui é para cultivar uma postura que emana dignidade e força — uma postura que transforma olhares, altera percepções e muda resultados.
Três Práticas para Fortalecer Sua Postura Interna
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Autocompaixão sem Autocomiseração
Sentir não é o mesmo que se vitimizar. Sim, você pode (e deve) reconhecer a dor, chorar, gritar, pedir ajuda. Mas não se ancore nessa dor. Não transforme sua narrativa em um desfile de sofrimentos. A verdadeira sabedoria nasce da capacidade de cair, aprender com o tombo e se levantar com mais clareza. -
Foco na Resolução, Não Apenas no Problema
Talvez você esteja vivendo a dificuldade da comunicação com seu parceiro. Ou talvez a ansiedade sobre o futuro esteja paralisando suas ações. A pergunta que precisa guiar seu dia não é “por que isso aconteceu comigo?”, mas sim: “qual o próximo passo que posso dar com dignidade?”.
A postura de quem resolve não depende da roupa que veste, nem do saldo da conta. Ela se manifesta no olhar firme, na voz serena e na convicção de que você pode conduzir sua própria vida com coragem. -
Resiliência Ativa: Reconstruir a Si Mesma
Se o casamento abalou sua identidade, se o divórcio deixou um vácuo existencial, talvez seja hora de recomeçar — não com pressa, mas com propósito. Reencontrar-se, redescobrir-se, redefinir-se. Sua história não terminou. Ela está apenas mudando de capítulo.
A Postura que Arromba Portões
Quando você começa a agir com essa força interior — mesmo em meio às lágrimas, mesmo com as costuras da alma expostas —, algo muda. Você deixa de ser vista como um “projeto social ambulante” e passa a ser reconhecida como alguém que, apesar das cicatrizes, irradia dignidade e presença.
Essa é a postura que abre portas. Que suaviza processos legais. Que transforma o litígio em diálogo. Que inspira juízes, parceiros.
🌹 Você não precisa ser perfeita para ser poderosa. Basta estar inteira, mesmo que remendada, e firme na decisão de não mais negociar sua paz.
Se você sente que está no limite entre o recomeço e o rompimento, saiba que não está sozinha. Há caminhos possíveis, legais e seguros para reorganizar sua vida afetiva e patrimonial com dignidade. A informação é o seu primeiro passo.
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Organize sua vida antes que ela precise ser reconstruída.